De saco para mala

   Andando pela rua hoje, fiz algo que naturalmente me disponho a fazer quando... ando pela rua: comecei a analisar a minha vida.
   Não é algo que pertence exclusivamente à mim. Muitas pessoas fazem isso. Novas teorias da física quântica são criadas assim. Descobertas do mundo astral são feitos desta forma. 
   Contudo, devo admitir que não fiz nada tão nobre assim. Na verdade, apenas analisei toda a minha existência, até agora. Toda a minha experiência a cerca de relacionamentos com amigos, pseudo-amigos, futuros namorados (que só existiram na minha mente), brigas com irmãos e familiares, possíveis escolhas para o futuro, tudo isso foi abordado em um trajeto relativamente curto.
 De toda essa mistura de tópicos, eu consegui filtrar informações, sintetizar pensamentos e chegar à minha teoria mais suprema. E qual seria essa teoria? Bem, não tive tempo de dar um nome à ela. Ela existe e é isso que importa.
   Se bem que, não sei se ela é digna de ser chamada (ou "nomeada", como eu gosto de me referir às minhas ideias) de "Teoria".  
   De qualquer forma, as minhas ideias tortas chegaram à:

-Ponto 01: Vivemos em uma realidade/geração/época em que é moda ser diferente. Também é moda agirmos como se houvesse uma imensa exclusão social que nos oprime por sermos diferentes;

-Ponto 02: Todo mundo é esquizofrênico e oprimido pelos pais;

-Ponto 03: Todos tem problemas (FUTEIS!!) e estão sós no mundo... :'(

   Ora, queridas crianças, os problemas que nos são apresentados servem para isso mesmo, para que nós soframos! E eis que minha teoria desabrocha: se todo mundo se julga só, com problemas de relacionamento social, todo mundo está no mesmo barco. Sofrendo, sozinho, batendo a cabeça na parede enquanto chora. Ora... UNI-VOS, OH IRMÃOS! Fiquem "sozinhos juntos"! 
   Particularmente, eu me autodefino como uma Sarah Connor: maluca, de personalidade forte, fazendo barra na cama virada.
    
   Enfim. Deveríamos esquecer um pouco de nossos "problemas" e nos focarmos mais no todo. Definitivamente não estamos sozinhos. E, sem dúvidas, enquanto você está sentado, quentinho, tomando leite morno e comendo biscoitos, existe alguém sofrendo por problemas maiores: pais procurando no lixo algo para dar para seus filhos comerem, mães fazendo o que podem para aquecer os filhos que não tem um chinelo rasgado para vestir, garotas de 13 anos vendendo sua juventude para se sustentar e por aí vai...


  

   É, José! Só tenho uma coisa a dizer:

SHAME ON YOU!