"...mas eu vou ficar no Brasa porque o Brasa é minha casa, casa do meu coração..."

"Brasa", Gabriel o Pensador
Composição: Gabriel, o Pensador / Lenine  


Patriotismo pra quê?

Das quase três horas que fiquei no quartel, esperando meu CDI e toda a formalidade, apenas 15 minutos foram dedicados exclusivamente a cerimônia e ao tão famoso "Juramento à Bandeira".
Aos menores de idade, às meninas e aos esquecidos, o juramento à bandeira consiste em você jurar proteger o teu País, mesmo que com o sacrifício da própria vida.
E, como eu tive tempo de sobra para pensar nas coisas, comecei a refletir sobre o Patriotismo.
Muita gente, muita gente mesmo, não tem o mínimo de amor à Pátria. Compreensível.
Mas, eu tenho, e vou explicar um pouco sobre isso.

Por que amar o teu País?
Bem, para realmente haver uma resposta para tal pergunta, devemos pensar sobre outra questão.

De onde vem o amor à Pátria?
Dã, do coração. Mas não é bem isso que quero falar.
O amor à Pátria nasce da gratidão. Muitas coisas nascem da gratidão e o Patriotismo é uma delas.
Quando você dorme, você reza? Reza pelo o que?
Acredito que muita gente reza pedindo, mas também acredito que muitos rezam para agradecer. Além de agradecer pelos pais, pelos amigos, pela família, pela casa e tal, agradecemos [ou deveriamos] agradecer pela comida, pela natureza, pelo sol, pelas estrelas, por uma flor que cresceu no vasinho de casa, pelo arco-íris que surgiu no céu de hoje, pelos pássaros que cantaram enquanto tomávamos café-da-manhã, entre infinitas coisas que só vemos o valor quando estamos sem elas.
Devemos sempre ser gratos para com a oportunidade de estar aqui hoje, com quem estamos e da forma que estamos. Amanhã pode ser que percamos alguém ou que soframos um acidente e...bem, esse não é meu foco.
Ser grato pela comida, que nasceu da terra e chegou até nós e ser gratos por todos que trabalharam nesse processo, da pessoa que comprou a semente e a plantou, ao caminhoneiro que trouxe até a cidade e ao feirante que nos vendeu. Agradecer por esse sol que nos esquenta nesse invernozinho, e agradecer pelos ventos que nos trazem a chuva que limpa nossa alma. Agradecer pelos anciões que nos contam suas memórias e suas felicidades dos tempos muito antes do nosso nascer. Agradecer por agradecer.
E aí entra o Patriotismo. Formalidades a parte, mas o Patriotismo está em saber agradecer por simplesmente poder usufruir de tudo que tiramos dessa terra, que acerca nossas casas e de nossos amigos e a de nossos familiares. Agradecer ao nosso lar e agradecer pelas pessoas que dividem ele com nós.
Sim, existe toda uma ritualística por trás. E é algo imposto, mas em suas essência é isso.

Então, por que proteger a Pátria?
Simplesmente por entender que temos muita sorte de ter todos os confortos que temos, devemos sempre dar o nosso melhor a fim de garantir que as próximas gerações também terão essas bençãos. Garantir que eles possam conhecer as histórias dos antepassados e garantir que eles tenham alimento e que possam aproveitar a chuva e os ventos e o sol e as estrelas!
E isso se faz sendo um bom cidadão, sendo uma boa pessoa. Pensando não só no próprio bem mas também no bem comum, isso, ISSO , é ser Patriota.



[Texto passível a re-escrita.]

De saco para mala

   Andando pela rua hoje, fiz algo que naturalmente me disponho a fazer quando... ando pela rua: comecei a analisar a minha vida.
   Não é algo que pertence exclusivamente à mim. Muitas pessoas fazem isso. Novas teorias da física quântica são criadas assim. Descobertas do mundo astral são feitos desta forma. 
   Contudo, devo admitir que não fiz nada tão nobre assim. Na verdade, apenas analisei toda a minha existência, até agora. Toda a minha experiência a cerca de relacionamentos com amigos, pseudo-amigos, futuros namorados (que só existiram na minha mente), brigas com irmãos e familiares, possíveis escolhas para o futuro, tudo isso foi abordado em um trajeto relativamente curto.
 De toda essa mistura de tópicos, eu consegui filtrar informações, sintetizar pensamentos e chegar à minha teoria mais suprema. E qual seria essa teoria? Bem, não tive tempo de dar um nome à ela. Ela existe e é isso que importa.
   Se bem que, não sei se ela é digna de ser chamada (ou "nomeada", como eu gosto de me referir às minhas ideias) de "Teoria".  
   De qualquer forma, as minhas ideias tortas chegaram à:

-Ponto 01: Vivemos em uma realidade/geração/época em que é moda ser diferente. Também é moda agirmos como se houvesse uma imensa exclusão social que nos oprime por sermos diferentes;

-Ponto 02: Todo mundo é esquizofrênico e oprimido pelos pais;

-Ponto 03: Todos tem problemas (FUTEIS!!) e estão sós no mundo... :'(

   Ora, queridas crianças, os problemas que nos são apresentados servem para isso mesmo, para que nós soframos! E eis que minha teoria desabrocha: se todo mundo se julga só, com problemas de relacionamento social, todo mundo está no mesmo barco. Sofrendo, sozinho, batendo a cabeça na parede enquanto chora. Ora... UNI-VOS, OH IRMÃOS! Fiquem "sozinhos juntos"! 
   Particularmente, eu me autodefino como uma Sarah Connor: maluca, de personalidade forte, fazendo barra na cama virada.
    
   Enfim. Deveríamos esquecer um pouco de nossos "problemas" e nos focarmos mais no todo. Definitivamente não estamos sozinhos. E, sem dúvidas, enquanto você está sentado, quentinho, tomando leite morno e comendo biscoitos, existe alguém sofrendo por problemas maiores: pais procurando no lixo algo para dar para seus filhos comerem, mães fazendo o que podem para aquecer os filhos que não tem um chinelo rasgado para vestir, garotas de 13 anos vendendo sua juventude para se sustentar e por aí vai...


  

   É, José! Só tenho uma coisa a dizer:

SHAME ON YOU!

Máscaras...

Vamos falar sobre as máscaras que cada um usa: uma para a família, uma para as festas, outra para os amigos... e você vai alternando entre essas máscaras, vai maquiando a sua verdadeira personalidade até que não consegue mais encontrá-la, aí você percebe que está tão distante de si mesmo que não tem coragem nem mesmo de pensar nas suas atitudes. Onde está você? Perdeu-se entre tantas máscaras apenas por ser demasiadamente covarde para mostrar ao mundo quem você realmente é.