"(...)
  - Admiro seu controle. Fala dos barcos no Sena, e espera o momento certo para fazer a pergunta que trouxe até mim. Sinta-se livre agora para conversar abertamente sobre o que quiser saber.
 Não havia nenhuma agressividade em sua voz, e eu resolvi ir adiante.
  - Onde está Esther?
  - Fisicamente muito longe, na Ásia Central. Espiritualmente, muito perto. acompanhando-me dia e noite com seu sorriso, e com a lembraça de suas palavras de entusiasmo. Foi ela quem me trouxe até aqui, um jovem de 21 anos, sem futuro, que as pessoas de minha aldeia consideravam uma aberração, um doente ou um feiticeiro que tinha pacto com o demônio, e as pessoas da cidade consideravam um simples camponês em busca de um emprego.
(...)"
     

COELHO, P.:  O Zahir,  Ed. Rocco, 2005  p.140